terça-feira, 18 de janeiro de 2011

GUIA CASEIRO DE HOMEOPATIA é publicado nos Estados Unidos!


 A notícia é muito curiosa. Se fosse na Europa ou no Brasil seria apenas mais um manual, mas na terra do Tio Sam chama a atenção sobremaneira.
Os manuais de homeopatia sempre foram muito úteis em locais desprovidos de assistência médica, mormente em países territorialmente extensos como Brasil, Rússia entre outros; e, por outro lado, mantiveram a homeopatia graças à confiança popular.
Em nosso país, muitos homeopatas de renome publicaram o seu manual, em geral, assim divididos:
  •  Introdução: com explicações e conceitos básicos.
  • Repertório: dicionário de sintomas e/ou nome comum de doenças com os respectivos remédios;
  • Matéria Médica: dicionário dos remédios homeopáticos com suas respectivas aplicações, de tal forma que o consultante possa chegar rapidamente ao remédio desejado, seja pelo sintoma/nome da doença ou verificando se determinado remédio cobre os sintomas percebidos no doente 
  •  
Essa é a maneira mais ou menos padronizada desde que os primeiros manuais apareceram. O guia de Schmuckler não foge a essa regra. 
Em São Paulo e Rio publicaram-se diversos manuais homeopáticos, contudo, puxando a brasa para o nosso Paraná, um dos manuais mais conhecidos foi (e ainda é) o do Dr. NILO CAIRO (da SILVA), homeopata famoso, doutor em medicina, doutor em engenharia militar, bacharel em matemática e ciências físicas, e professor catedrático da Universidade do Paraná, da qual foi o mentor e um dos fundadores. Comecei a experimentar a homeopatia utilizando-me desse manual e não estava só porque a maioria dos homeopatas ― pelo menos os mais antigos de minha geração ― chegaram aos remédios diluídos pela porta do (guia) nilo cairo.
Em termos de tiragem é um legítimo best seller: Dr. Nilo Cairo publicou o seu Guia Homeopático Brasileiro em 1908; o que possuo é de 1982, oitava reimpressão da 21ª edição e traz uma frase de Dieffenbach na primeira página: “Não escrevo para sábios; escrevo para homens práticos”.
Pesquisando na literatura, não é difícil encontrar referências a leigos que possuíam ‘certo livro’ e davam remédios homeopáticos quando consultados. Machado de Assis imortalizou um desses na personagem do agregado José Dias: “...; meu pai ainda estava na antiga fazenda de Itaguaí, e eu acabava de nascer. Um dia apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica.” (Dom Casmurro: cap V).
Dalvo Saldiva, na biografia meticulosa de Gabriel García Márquez, Viagem à Semente, assim se refere àquele que seria o pai do escritor colombiano: “... Gabriel Eligio deixou Riohacha, instalou-se em Aracataca e abandonou o ofício de telegrafista para entregar-se à velha vocação de médico empírico graças a alguns estudos desordenados de homeopatia e farmácia que tinha feito na Universidade de Cartagena. Já em sua primeira estada, durante o noivado com Luísa, havia deixado em Aracataca certo prestígio de homeopata espontâneo, especialmente à raiz de uma epidemia declarada em 1925, que os mais velhos associaram ao desastre dos tempos do cólera.” (pg 74).
Na mesma biografia: “... Conseguiu que a Junta de Títulos Médicos do Departamento do Atlântico lhe outorgasse em 1935 uma licença para exercer a medicina por seu sistema homeopático. Foi nessa época que inventou e patenteou o regulador menstrual GG (Gabriel García), um xarope que vendia em sua botica, competindo com reguladores estrangeiros. E assim, entre reguladores menstruais, pílulas homeopáticas e poções estranhas para o tétano, a eclampsia e a febre amarela, a farmácia rendia a quantia exata para manter a família que já começava a ser numerosa...” (pg 106)
Através de amigo comum e confrades na Maçonaria, o herói argentino San Martin recebe do próprio Hahnemann uma botica (bolsa) com sessenta e quatro tubinhos contendo glóbulos de Belladona, Bryonia, Bromium, Conium, Ipeca, Nux-vomica, Pulsatilla, Spongia... usados para si e seus soldados ao cruzar os Andes em lombo de cavalos e mulas. O General sofria de artrose e úlcera gastroduodenal. Essa botica acha-se exposta no Museu Histórico de Mendoza, Argentina com seus tubinhos, muitos deles quase vazios.
Para ilustrar um pouco mais, ganhei de uma cliente “O Medico Homeopatha da Familia”, do Dr. Bruckner, de Basileia (Suissa), traduzida para o português pelo farmacêutico Francisco José Lisboa, em novembro de 1896. São 674 páginas de tipos miúdos e com uma secção de Matéria Médica contendo todos os medicamentos conhecidos na época. Um trabalho notável!
Retornemos à “Homeopatia de A até Z” do Dr. Alan Schmuckler. Por que essa volta ao passado no país mais avançado do mundo? Ele próprio responde numa entrevista no site Hpathy 4 Everione”:
“O próprio nome do livro sugere informações quando o tratamento convencional não está disponível, é ineficaz ou inseguro. São situações que podem surgir em desastres naturais, ataques terroristas, epidemia de doenças exóticas ou infecções resistentes aos antibióticos, falha de recursos ou doenças em massa devido à engenharia genética. Muitas pessoas já estão tentando sobreviver fora do sistema médico porque não podem tomar drogas convencionais seja por alergias, efeitos indesejáveis, problemas do fígado ou dos rins. Além disso, há quarenta e três milhões de americanos que não possuem seguro saúde e que só procuram recursos quando surge alguma crise”. (grifo meu)
Se é assim, o que dizer dos países miseráveis, a maioria no planeta? Ou mesmo num país como o nosso onde já se percebe sotaque de rico, mas que os bolsões de miséria e desassistência não estão distantes. E as grandes cidades cujas periferias têm televisões, videogames e telefones celulares convivendo com a carência do básico em alimentação e condições sanitárias, ainda que esses temas sejam onipresentes na língua de candidatos. E a imensidão da Amazônia legal? Nem mencionei o nordeste...
No início dessa mesma entrevista, o Dr. Alan revela que fundou um grupo de estudos no qual ensina homeopatia a donas-de-casa, secretárias, enfermeiras e médicos. E mais: informa e capacita em campi escolares, em lojas de produtos naturais, em igrejas e na casa das pessoas, assumindo essa atitude como missão.
Por último: quem é o autor? Um curioso, um leigo dando-se ares, um rábula saudosista? Pelo contrário, possui um currículo invejável.
Alan V Schmuckler:



aos 16 anos ganhou de seu tio um laboratório de química completo. No curso médio, tutelado por seu professor, lecionava química e biologia. Graduou-se pela Temple University onde recebeu grau summa cum laude (louvor máximo). A seguir, estudou terapia respiratória e trabalhou em pronto socorro e UTI do Hospital Albert Einstein da Filadélfia.
Há dezesseis anos, curado de um abscesso dentário pela homeopatia foi estudá-la, impressionado pela cura. Desde então, estuda, pratica, leciona e escreve sobre a matéria. Há dez anos, fundou o Grupo de Estudos da Filadélfia Metropolitana, gratuito e destinado ao público, sem contar seu programa de rádio. Também ensina homeopatia no curso de medicina da Temple University, na Filadélfia, estado da Pensilvânia,
Quem estiver interessado poderá adquirir esse manual no www.minimumprice.com - EFS.






Nenhum comentário:

Postar um comentário